Um vazamento de resíduos químicos em depósitos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda está levando material tóxico para o rio Paraíba do Sul - a principal fonte de abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas no Estado, entre os quais 85% dos moradores da região metropolitana. Segundo o procurador da República Rodrigo Lines, ainda não é possível mensurar as proporções e o impacto dessa contaminação.
O material teria vazado para o córrego que passa pelos quatro depósitos (irregulares, segundo o Ministério Público) mantidos pela CSN na região e, consequentemente, poluído as águas do rio.
Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (10), a Companhia Siderúrgica Nacional se defende das acusações e diz que "o monitoramento ambiental da referida área é regularmente realizado até os dias de hoje". Além disso, a empresa argumenta que um dos depósitos, conhecido como Márcia 1, nunca operou clandestinamente e que "a utilização do local deu-se com absoluto conhecimento das autoridades competentes". A CSN não entrou em detalhes sobre os outros três aterros.
Histórico negativo
Em dezembro do ano passado, a Companhia Siderúrgica Nacional foi multada em R$ 20,16 milhões pelo Inea em razão de um vazamento de resíduos de carvão mineral, altamente tóxico, no rio Paraíba do Sul. O acidente teve origem na Estação de Tratamento de Efluentes do Alto-Forno 2 da CSN, que levou à suspensão da captação de água nas estações de Pinheiral e Vargem Grande, da Cedae. O acidente liberou dois milhões de litros de resíduos tóxicos no rio, o que colocou em risco o abastecimento de água de mais de oito milhões de consumidores, em especial na Baixada Fluminense. O problema começou com uma falha num tanque de acumulação de resíduos da lavagem de gases do alto forno da siderúrgica. Na ocasião, a então secretária estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos, reclamou da frequência com que ocorrem vazamentos na empresa prejudicando o rio Paraíba do Sul.
Em 2009, depois do vazamento de um material oleoso da unidade de carboquímicos que também atingiu o Paraíba do Sul, a CSN passara por uma ampla auditoria e se comprometeu por meio de um TAC a realizar investimentos em compensações ambientais e ações preventivas. A auditoria concluiu que a siderúrgica, instalada há mais de 50 anos, não atendia aos padrões ambientais previstos na legislação. Na ocasião, a companhia foi multada em R$ 5 milhões.
Não se pode deixar passar em branco a notícia. É um caso grave e os responsáveis devem ser punidos.
ResponderExcluirEm Volta Redonda, a CSN é alvo da vigilância diuturna da fiscalização ambiental. Agora, o que me preocupa é em Barra Mansa, onde tudo pode ser feito, por quem quer que seja, que não dá em nada!
A própria Prefeitura tem sido responsável por crimes ambientais, seja nos cortes de árvores, seja no destino dado a resíduos com amianto etc. Quem vai fiscalizar a Prefeitura?
Abs.
Como bem disse o amigo acima, a CSN é contumaz nesse tipo de crime!
ResponderExcluirÉ preciso que o Poder Público aja com mais rigor!
Abs
Como bem disse o amigo acima, a CSN é contumaz nesse tipo de crime!
ResponderExcluirÉ preciso que o Poder Público aja com mais rigor