quarta-feira, 11 de maio de 2011

Rio Paraíba do Sul sofre contaminação por vazamento em depósito da CSN



Um vazamento de resíduos químicos em depósitos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda está levando material tóxico para o rio Paraíba do Sul - a principal fonte de abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas no Estado, entre os quais 85% dos moradores da região metropolitana. Segundo o procurador da República Rodrigo Lines, ainda não é possível mensurar as proporções e o impacto dessa contaminação.
O material teria vazado para o córrego que passa pelos quatro depósitos (irregulares, segundo o Ministério Público) mantidos pela CSN na região e, consequentemente, poluído as águas do rio.
Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (10), a Companhia Siderúrgica Nacional se defende das acusações e diz que "o monitoramento ambiental da referida área é regularmente realizado até os dias de hoje". Além disso, a empresa argumenta que um dos depósitos, conhecido como Márcia 1, nunca operou clandestinamente e que "a utilização do local deu-se com absoluto conhecimento das autoridades competentes". A CSN não entrou em detalhes sobre os outros três aterros.
Histórico negativo
Em dezembro do ano passado, a Companhia Siderúrgica Nacional foi multada em R$ 20,16 milhões pelo Inea em razão de um vazamento de resíduos de carvão mineral, altamente tóxico, no rio Paraíba do Sul. O acidente teve origem na Estação de Tratamento de Efluentes do Alto-Forno 2 da CSN, que levou à suspensão da captação de água nas estações de Pinheiral e Vargem Grande, da Cedae. O acidente liberou dois milhões de litros de resíduos tóxicos no rio, o que colocou em risco o abastecimento de água de mais de oito milhões de consumidores, em especial na Baixada Fluminense. O problema começou com uma falha num tanque de acumulação de resíduos da lavagem de gases do alto forno da siderúrgica. Na ocasião, a então secretária estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos, reclamou da frequência com que ocorrem vazamentos na empresa prejudicando o rio Paraíba do Sul.
Em 2009, depois do vazamento de um material oleoso da unidade de carboquímicos que também atingiu o Paraíba do Sul, a CSN passara por uma ampla auditoria e se comprometeu por meio de um TAC a realizar investimentos em compensações ambientais e ações preventivas. A auditoria concluiu que a siderúrgica, instalada há mais de 50 anos, não atendia aos padrões ambientais previstos na legislação. Na ocasião, a companhia foi multada em R$ 5 milhões.

3 comentários:

  1. Não se pode deixar passar em branco a notícia. É um caso grave e os responsáveis devem ser punidos.
    Em Volta Redonda, a CSN é alvo da vigilância diuturna da fiscalização ambiental. Agora, o que me preocupa é em Barra Mansa, onde tudo pode ser feito, por quem quer que seja, que não dá em nada!
    A própria Prefeitura tem sido responsável por crimes ambientais, seja nos cortes de árvores, seja no destino dado a resíduos com amianto etc. Quem vai fiscalizar a Prefeitura?
    Abs.

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  2. Como bem disse o amigo acima, a CSN é contumaz nesse tipo de crime!
    É preciso que o Poder Público aja com mais rigor!
    Abs

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  3. Como bem disse o amigo acima, a CSN é contumaz nesse tipo de crime!
    É preciso que o Poder Público aja com mais rigor

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