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1956 - baile de carnaval no clube municipal |
Analisemos com atenção, o início da coluna MOSAICO do jornal
DIÁRIO DO VALE, edição de hoje:
Fechado
A prefeitura de Barra Mansa informou que executou, anteontem, o termo de fechamento do Clube Municipal, o mais tradicional da cidade.
A ação se deu por conta de irregularidade fiscal constatada pela Fiscalização de Postura.
A prefeitura afirmou que vem recebendo constantes reclamações e denúncias por meio da ouvidoria, Guarda Municipal e programas de rádio, sobre os transtornos causados pelos eventos realizados no clube.
Por isso, a Fiscalização de Postura constatou irregularidade fiscal, notificou o clube e abriu processo administrativo. Como não houve atendimento às notificações emitidas, o clube recebeu ofício informando que estava impedido de realizar eventos por pendências fiscais.
Ainda na terça-feira o clube foi lacrado e caso seja reaberto, os seus responsáveis serão responsabilizados.
Em tempo
Vale lembrar que o presidente do clube é o ex-deputado estadual Ademir Melo e que, embora alguns membros afirmem que o fechamento se deve a motivos políticos, outros assumem que o clube realmente atrapalhava a vizinhança com algumas festas.
Pelo que li, percebe-se claramente que a prefeitura assume, sem nenhum pudor, que usa de artifícios "convenientes" para alcançar seus objetivos à margem da boa aplicação da lei.
Ora, se a origem da intenção de fechar o Clube Municipal seriam as reclamações e denuncias sobre os transtornos causados pelos eventos realizados no clube, seria sob a ótica da legislação específica que o Clube teria que responder. Mas não, usaram de estratagemas fiscais para lacrar a porta de uma casa centenária. Apesar de tal fato não nos surpreender, pois conhecemos o perfil do caráter reinante nessa administação, esse perigoso precedente beira às raias da repressão e da ditadura, onde o poder usa de seus instrumentos belicosos para seus objetivos. Foi assim na eleição, onde a máquina pública, municipal e estadual, foi indecorosamente utilizada em favor da candidatura do prefeito eleito, contando com a subserviência de uma justiça morosa, arcaica e comprometida com determinados poderes e interesses.
É assim no dia-a-dia onde o dinheiro do contribuinte é gasto de forma esbajandora e ofensiva para propagandas de cunho pessoal, mascaradas sobre supostos "interesses da coletividade".
Essa é a cara e a forma de administrar dessa gente que se diz do BEM, mas que não pensa um minuto antes de usar das prerrogativas do poder público para o bem pessoal.
Para melhor esclarecimento, o Clube Municipal abriga o projeto SUDERJ EM FORMA, onde, de forma gratuita, 1.530 pessoas realizam práticas esportivas, entre elas, 700 crianças. Todas elas, agora, órfãs do único espaço de lazer e prática esportiva a que tinha acesso nessa cidade onde nem a piscina do Parque da Cidade está apta ao uso.
Para quem não sabe, próprios funcionários da prefeitura foram ao clube para romper os lacres, no intuito de buscar materiais para o combate à dengue, gentilmente armanzenados nas dependências do Clube Municipal.
Não foram os eventos noturnos que foram impedidos, mas todas as atividades do clube, que só pelo passado que representa para a sociedade, merecia tratamento mais respeitoso.
Para finalizar, informo que os eventos realizados no interior do Clube não causavam barulho excessivo que viesse a incomodar alguém, mas sim, os veículos e movimentação externa que vinham incomodando os moradores da região. Como isso é uma responsabilidade do Poder Público e das polícias, e elas por sua vez, mostraram-se incapazes de impor limites e ordem, a burguesia fracassada em mais um conluio com essa insossa administração, revigoram a ditadura do silencio absoluto implantada na cidade, e usando de seus podres poderes, optam sempre pelo caminho mais cômodo e covarde.
Brigar com trem ninguém quer, brigar com polícia muito menos, fechemos então as portas de um Clube Social, pois são poucos que o respeitam. É assim numa cidade fraca, envelhecida e acovardada por uma administração pífia, sem caráter, sem princípios, sem sensibilidade, sem amor e sem competência.
O Governo Zé Fechado, neste instante, anuncia o fechamento de mais tres casas no Ano Bom sob risco de desabamento. Essa é a marca do governo dele: Fechar portas e esperanças. Fecharam empresas, fecharam bares, fecharam empregos, fecharam clubes, fecharam bingo, fecharam bailes, fecharam comércios, fecharam indústrias, fecharam salas de aula, fecharam ruas, e agora, com mum mórbido prazer, fecham casas. Só não fecham os pontos de venda de drogas que a cada dia proliferam na cidade.
Talvez por isso a pessoal da Flumisul fale que foram fechados muitos negócios na cidade. Agora entendi.
Eu tenho vergonha dessa gente sem-vergonha.
Postado por Blog do Julinho na
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
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